Os materiais magnéticos e seus dispositivos movimentam, atualmente, cerca de 150 bilhões de dólares por ano no mercado mundial, sendo muito intensa, em todo o mundo, a pesquisa para o seu aperfeiçoamento. Uma das ferramentas utilizadas nesse estudo é a espectroscopia Mössbauer, uma técnica baseada na ressonância nuclear por emissão ou absorção de fótons gama sem recuo que permite o estudo das interações hiperfinas elétrica e magnética no núcleo de um átomo. No estudo dessa técnica experimental são desenvolvidos modelos para descrever a forma de linha do espectro obtido. Uma tarefa que dificulta o desenvolvimento e avaliação desses modelos é encontrar os seus melhores parâmetros. Este trabalho tem por objetivo otimizar os parâmetros do modelo matemático Pfannes e Higino, que simula a forma de linhas de um espectro Mössbauer, possibilitando assim uma melhor avaliação do modelo. Para tanto, foram utilizados métodos de computação bioinspirada. Além disso, foi proposta uma alteração no modelo com objetivo de melhorar a correspondência entre os espectros teóricos e experimentais da amostra. Os resultados obtidos apontaram que o modelo Pfannes e Higino, utilizando os parâmetros otimizados pelos métodos estudados, tem uma ótima capacidade de simular as formas de linha de uma amostra de magnetita em diversas temperaturas.