Resumo
A avaliação é uma prática ampla, que analisa a capacidade do ser humano de observar, refletir e julgar. Porém, nas instituições educacionais, a sua dimensão não tem sido muito objetiva. Em alguns momentos, tem sido utilizada mais como instrumento de poder pelo avaliador do que como meio de retorno sobre o trabalho realizado. Durante anos, tem-se discutido sobre a eficiência de avaliações que consideram os escores brutos, questionando-se se modelos desse tipo são capazes de estimar a real habilidade do aluno em uma disciplina. Há muito tempo, a Teoria Clássica dos Testes (TCT) tem sido utilizada como instrumento para avaliar e classificar alunos, mas com limitações. Questionamentos nesse formato aguçaram educadores e psicometristas com o intuito de determinar a intensidade de traços latentes em indivíduos de uma forma indireta. Dessa forma, surgiu, em meados dos anos de 1950, um conjunto de modelos matemáticos com esse intuito, conhecido atualmente como TRI (Teoria de resposta ao item). Tal modelo tem uma abordagem proposta por psicometristas, considerando as limitações existentes em outras teorias e buscando mensurar as propriedades psicológicas de um indivíduo.
Neste trabalho são mostradas as diferenças na classificação em relação à teoria clássica, realizadas avaliações referentes à disciplina de matemática, em que são diagnosticadas deficiências no aprendizado, criados roteiros de estudo embasados em habilidades, nas quais os alunos apresentam maior deficiência, por meio de informações extraídas na análise dos itens com o apoio da TRI, auxiliando, assim, no aprendizado de cada indivíduo e na criação de medidas para comparar o grau de habilidade existente no conteúdo para cada avaliado.